quinta-feira, 29 de abril de 2010

ALCOBAÇA




Tendo por tema a próxima saída dos Primatas, deixo aqui uma breve história de Alcobaça;

ALCOBAÇA é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Leiria, região Centro e sub-região do Oeste, com cerca de 6 232 habitantes.
A cidade é composta pelas freguesias de Alcobaça, zona norte da freguesia de Évora de Alcobaça e zona oeste da freguesia de Prazeres de Aljubarrota.

A cidade está localizada a 92 km a norte de Lisboa (124 km via A8, ou 110 km via IC2 / A1), e 88 km a sudoeste de Coimbra (114 km via A8 / A17 / IC8 / A1, ou 105 km via IC2 / A1).[2]

É sede de um município com 408,14 km² de área e 55 641 habitantes (2008)[carece de fontes?], subdividido em 18 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Marinha Grande, a leste por Leiria, Porto de Mós e Rio Maior, a sudoeste pelas Caldas da Rainha e a oeste envolve por completo a Nazaré e tem dois troços de costa no Oceano Atlântico.

É banhada pelos rios Alcoa e Baça, nomes de cuja aglutinação a tradição faz derivar o seu nome – o que está longe de ser consensual.

Foi elevada a cidade em 1995.

As freguesias de Alcobaça são as seguintes:

Alcobaça
Alfeizerão
Alpedriz
Bárrio
Benedita
Cela
Cós
Évora de Alcobaça
Maiorga
Martingança
Montes
Pataias
Prazeres de Aljubarrota
São Martinho do Porto
São Vicente de Aljubarrota
Turquel
Vestiaria
Vimeiro

Até 2001, a freguesia da Moita (Marinha Grande) fez parte do concelho de Alcobaça.

Alcobaça é conhecida pelo seu mosteiro cisterciense, em torno do qual se desenvolveu a povoação, a partir do século XV. O mosteiro foi fundado por D. Afonso Henriques em 1148, e concluído em 1222, em estilo gótico. Durante a Idade Média, chegou mesmo a rivalizar com outras grandes abadias cistercienses da Europa; os coutos de Alcobaça constituiram um dos maiores domínios privados dentro do reino de Portugal, abarcando um dos concelhos vizinhos de Alcobaça, a Nazaré, e parte do de Caldas da Rainha, para além de possuir inúmeras terras adquiridas por escambo, emprazamento, aforamento ou arrendamento um pouco por todo o país.

O mosteiro foi parcialmente incendiado pelos invasores franceses, chefiados por André Massena, em 1810, secularizado em 1834, e depois gradualmente restaurado. Parte da sua enorme biblioteca, com mais de cem mil tomos e manuscritos, foi salva do saque e incêndio dos franceses e do saque dos portugueses durante as guerras liberais, achando-se hoje preservada em parte na Biblioteca Pública de Braga e na Biblioteca Nacional de Lisboa.

Nos braços sul e norte do transepto da igreja do mosteiro, acham-se duas obras-primas da escultura gótica em Portugal: os túmulos dos eternos apaixonados, o rei D. Pedro (1357-1367) e D.Inês de Castro.

Artesanato
No concelho de Alcobaça há fabrico de olaria, cerâmica, vergas, juncos, lenços, toalhas, tapeçarias e cutelaria.

Gastronomia

Frango na púcara
Ginja de AlcobaçaO prato típico da região de Alcobaça é o frango na púcara: um frango guisado aos pedaços com bastante molho de receita secreta, mas que inclui cebolinho, acompanhado de arroz branco e batatas fritas.

No campo da doçaria há a destacar: trouxas de ovos, delícias de Frei João e Pudim de ovos do mosteiro de Alcobaça. E o pão-de-ló de Alfeizerão (conhecidíssimo), já em 1906 referenciado por M. Vieira Natividade no seu opúsculo Alcobaça d´Outros Tempos.

Todos os anos decorre uma Mostra de Doçaria Conventual e Tradicional, que para além de Alcobaça conta com representações do país e do estrangeiro, nomeadamente de Braga, Arouca, Louriçal, Alentejo, Espanha e França.

O licor de ginja de Alcobaça é também muito apreciado pelos visitantes da cidade, tendo vindo a ser produzido desde 1930

Artistas oriundos de Alcobaça

João Santos, mestre oleiro
José Aurélio, escultor
The Gift, banda electrónica

Alcobacenses famosos

Entre os alcobacenses famosos há a registar:

Frei António Brandão (1584-1637), historiador
Frei Fortunato de São Boaventura (1777-1844), polígrafo
Manuel Vieira de Natividade (1860-1918), arqueólogo
João d'Oliva Monteiro (1903-1949), industrial, fundador da Crisal e do cine-teatro
Joaquim Vieira Natividade, engenheiro agrónomo e historiador local
Humberto Delgado (1906-1965), general e combatente contra o Salazarismo, viveu na Cela Velha
Tarcísio Trindade, o único presidente de câmara do tempo da ditadura que não foi eleito pelas listas da União Nacional; deposto após a Revolução dos Cravos
The Gift e Loto, grupos de música electrónica
Luís Peças

(fonte;Wikipédia)

domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril 1974 foi hà 36 anos

No 36º aniversário do 25 de Abril, deixo aqui a música que serviu de senha para o avanço dos militares.
Seja qual fôr a ideologia politica de cada um de nós, não existe dúvida que Portugal, ganhou um novo rumo de avanço e modernidade, neste ultimos 36 anos, independentemente de todos os casos negativos que essa modernidade nos tem colocado pela vida.
Se hoje temos liberdade de nos expressarmos, em blogues, redes sociais, emails, convivios de amigos, etc, isso se deve ao passo importante dado hà 36 anos.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

PRÓXIMO ALMOÇO DOS PRIMATAS


Dado que se aproxima o próximo passeio/convivio dos Primatas, recebi do Primata Helder Duque o seguinte comunicado;

"Caros primatas está em elaboração um passeio convívio para dia 22 de Maio/Sábado. Visita guiada ao mosteiro cisterciense de Alcobaça com almoço em local a designar composto por caldeirada de peixes, hipóteses: Nazaré, S.Martinho do Porto, Peniche ou outros locais próximos.


Caso conheças algum restaurante recomendável, nestes locais (25/30px) manda-nos um e-mail rapidamente. Brevemente programa detalhado com preços no blogue dos PRIMATAS DA AJUDA."

Aquele abraço

Helder Duque"

MENSAGENS


Caros Primatas, dado o teor de algumas mensagens que tem surgido no Blogue, a partir de hoje elas só serão colocadas, após a permissão do Administrador do Blogue.
Lembro novamente todos os Primatas, que o Blogue é de todos e que todos são benvindos com participações (assuntos interessantes, curiosidades, humor, opiniões, etc).
Um abraço

Vitor Ramos

domingo, 18 de abril de 2010

MUSICA NACIONAL

Caros Primatas, após alguns pedidos, inauguro aqui um novo tema, MÚSICA NACIONAL, sem ser fado, para que aqueles que não são apreciadores deste género Nacional, tenham também alternativas. Aceito as Vossas sugestões de nomes a destacar neste Blogue.

Hoje deixo aqui um grupo que foi um marco na música Portuguesa, não só pela criatividade, assim como foi dos grupos que mais concertos deu pelo Mundo fora, levando assim a arte Portuguesa a outros Países.

Os MADREDEUS:

HUMOR

Caros Primatas, para alegrar as "massas" deixo aqui duas peças, sobre gaffes jornalísticas. espero que se divirtam, aproveito ainda para renovar o pedido de participação de todos neste Blogue.
Um abraço
Vitor Ramos





sábado, 10 de abril de 2010

VER E OUVIR (PALAVRAS PARA QUÊ?)

Não é prática do Blogue, colocar qualquer mensagem politica, mas achei esta intervenção da deputada Cidinha Campos, tão eloquente, e que faz parecer as nossas comissões de inquérito, coisas de crianças, que partilho aqui o video da intervenção dela no parlamento Brasileiro.
Disfrutem;

FIGURAS DO FADO

Deixo aqui uma nova figura no panorama dos fados Nacional. ANA MOURA.



quinta-feira, 8 de abril de 2010

FIGURAS DO FADO - NUNO DE AGUIAR



NUNO DE AGUIAR
Concórdio Henriques de Aguiar, que adoptou o nome artístico Nuno de Aguiar, nasceu em Lisboa a 1 de Setembro de 1941 no Bairro da Graça.
A sua avó Maria Emília da Tabaqueira (da tabaqueira era alcunha por causa da fábrica em que trabalhava) cantava o Fado.
O Nuno aos 9 anos já se mistura com rapaziada do bairro ligados ao fado e começa a fazer os seus primeiros ensaios, agrada e começa sem que o pai saiba a cantar nas tascas do bairro, os mais velhos gostam de o ouvir e dão-lhe umas gratificações.
Seu pai, marceneiro de profissão, não quer que ele se meta em cantigas, mas que aprenda um ofício, e assim arranja-lhe um lugar de aprendiz de marceneiro.
Acaba por ser o próprio pai a ser o responsável por ele acabar por se profissionalizar, isto porque um dia levou-o aos recintos do Bairro Alto, onde ele extasiado conheceu e ouviu ao vivo, o Joaquim Silveirinha, o Alfredo Marceneiro, Frutuoso França e outros.
Abandona o emprego de aprendiz de marceneiro e começa a frequentar as festas fadistas e a ser solicitado para cantar.
Aos 15 anos grava na Rádio Graça e mais tarde em 1960, ganha o “Concurso da Primavera” de fado.
Começa a ser contratado em diversas casa típicas, e solicitado para actuar em festas particulares.
Vem o serviço militar, é mobilizado para Angola, o que não o impediu de continuar a cantar para agrado das tropas e de quem o escutava.
Regressa ao Continente e é convidado pelo empresário Emílio Mateus a gravar para a etiqueta “Estúdio”, e é nesta ocasião que adopta o nome artístico de NUNO DE AGUIAR.
Tem algumas deslocações ao estrangeiro, França, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha e Inglaterra.
Vai aos Estados Unidos para uma pequena digressão e acaba por lá ficar 9 anos a cantar para as comunidades de portugueses, e não só.
Nuno de Aguiar tem vários CD gravados, alguns com poemas seus e de outros poetas de renome.
Entre os muitos temas que cantou e que tiveram o agrado do público, há um que teve um enorme sucesso “BAIRRO ALTO”, com letra de Carlos Simões Neves e Oliveira Machado e música de sua autoria, que tem sido gravado por outros fadistas, como foi o caso de Carlos do Carmo.
Em 2006 fez 45 anos de carreira, que foram assinalados com o lançamento de um CD da Metro-som.

FIGURAS DO FADO - FERNANDO MAURICIO

Detentor de uma voz genuína e arreigado às suas raízes lisboetas, é hoje considerado por muitos conhecedores da especialidade como o maior fadista da sua geração, apesar do seu descuido perante a necessidade de uma carreira discográfica.
Corria o ano de 1933, quando no dia 21 de Novembro, nasceu na Rua do Capelão, no coração do Bairro da Mouraria, Fernando da Silva Maurício.
Provinha de uma família centenária daquele bairro. Com apenas oito anos começou a cantar numa taberna da rua onde morava, “O Chico da Severa”, onde também os fadistas se juntavam, após as festas de beneficência onde participavam.
Fernando Maurício lembra com saudade, momentos preciosos dos tempos de infância, em que, de madrugada, fugia de casa dos seus pais e “abria o ferrolho, abria a porta pela surdina e ia para a taberna. Eles (os artistas) iam para ali matar o bicho e de vez em quando tocavam ali um fadinho. Eu tinha uma paixão pela guitarra. Era uma loucura. Punham-me em cima de uma pipa e eu começava para ali a cantar… parecia um papagaio.”
O Fado era o seu bairro.Revelando, desde cedo, os seus dotes para o mundo do espectáculo, foi com apenas treze anos, em 1947, que se sagrou em terceiro lugar no concurso "João Maria dos Anjos", organizado no Café Latino. Nessa altura, obteve uma autorização a título excepcional da Inspecção de Espectáculos, e pôde assim dar início à sua actividade musical a nível profissional.
Ainda no mesmo ano, a 29 de Junho participa na Marcha Infantil da Mouraria, no papel de Conde de Vimioso ao lado de Clotilde Monteiro como Severa. Por esta altura trabalhava como manufactor de calçado.
Contratado pelo empresário José Miguel, cantou regularmente durante um período de três anos, aos fins-de-semana, nas casas por ele exploradas, nomeadamente Café Latino, o Retiro dos Marialvas, o Vera Cruz e o Casablanca no Parque Mayer. No entanto, quando contava dezassete anos resolveu interromper a actividade, que só retomou em 1954, no Café Luso, no Bairro Alto. Aqui, actuou já profissionalizado, bem como, na Adega Machado e na casa típica O Faia.
Nos anos 60 e 70 foi a vez de outras casas de fado de Lisboa, como a Nau Catrineta, a Kaverna, o Poeta, a Taverna d’El Rey e novamente, o Café Luso. Estas casas conquistaram novos públicos com as actuações de Fernando Maurício que seria apelidado de Rei do Fado. Nos anos 80 começou a actuar na Adega Mesquita.
São vários os fados que Fernando Maurício celebrizou. Entre eles a Igreja de Santo Estêvão, com composição de Gabriel Oliveira e Joaquim Campos.Fernando Maurício cantou em programas de fados na Emissora Nacional e participou nos primeiros programas da RTP experimental, bem como no terceiro a ser transmitido.
Preferia cantar em festas de beneficência e solidariedade, por todo o país, não se preocupando muito com uma carreira discográfica. Apesar de tudo, gravou discos, dos quais se contam, para além dos fados com Francisco Martinho e da participação em várias colectâneas de fados: De Corpo e Alma sou Fadista, 1984; Fernando Maurício, Tantos Fados deu-me a Vida, 1995, Fernando Maurício, Os 21 Fados do Rei, 1997; Fernando Maurício, col. O Melhor dos Melhores, 1997; Fernando Maurício, Clássicos da Renascença, 2000.
Participou em inúmeros espectáculos no estrangeiro, nomeadamente no Luxemburgo, Holanda, Inglaterra, Canadá e Estados Unidos.
Continuou sempre ligado ao bairro da Mouraria, ao Grupo Desportivo da Mouraria, a que sempre esteve ligado bem como, à marcha do bairro, aos seus amigos de juventude, aos jogos de futebol, da Laranjinha, às cantorias e aos bailaricos, que recorda com saudade: “Havia uma padaria na Rua do Capelão onde eu nasci e nós naquela altura - nos anos 40 - dormíamos todos na rua. De manhã levantávamo-nos e íamos lavar a cara ao Chafariz da Guia. Eram muitos amigos que eu tinha. Tínhamos uma equipa de futebol e jogávamos à bola na Rua do Capelão. Entre o Capelão e a Guia. Jogávamos descalços. Nessa padaria havia cestos de verga com pão quentinho, acabadinho de sair do forno. De madrugada, enquanto o padeiro trabalhava, encostávamo-nos à porta e tirávamos uns pães. Era uma época muito má. Corriam os tempos da guerra. Nós éramos 5 irmãos, depois nasceram os dois mais novos. A minha mãe era do Bonfim, do Porto. Lavava roupa para ajudar em casa”.
Foi ainda dessas memórias com um desses amigos, o poeta Mário Raínho, que saiu um dos seus fados preferidos, “O irmão da Juventude”.Recebeu ao longo da sua vida vários prémios, dos quais se contam: Prémio da Imprensa (1969) e os Prémios Prestígio e de Carreira da Casa da Imprensa (1985/1986). Em Maio de 2001, no Coliseu, foi agraciado pelo Presidente da República, com a Comenda da Ordem de Mérito.
Era avesso a homenagens mas em 1989, Amália descerrou na rua onde nasceu duas lápides evocativas das vozes do fado emblemáticas deste bairro: Maria Severa Onofriana e Fernando da Silva Maurício. A Câmara Municipal de Lisboa assinalou em 1994 as suas bodas de ouro artísticas no S. Luiz. E em 2001 de novo o homenageou nos Paços do Concelho quando publicou, com a colaboração da então EBAHL (actual EGEAC) e da Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa, a sua biografia pessoal e artística.
Faleceu a 15 de Julho de 2003 em Lisboa. O coração da fadista que chora, canta e sofre parou, mas os seus fados continuam a ser ouvidos nos bairros típicos de Lisboa.
A Câmara Municipal de Lisboa presta-lhe mais uma homenagem ao atribuir o seu nome a uma rua de Lisboa, na freguesia de Marvila. Desta vez os seus caminhos vão-se cruzar com Fernando Farinha e Armadinho, outras duas vozes do fado que, aqui perto, ficam recordados na toponímia de Lisboa
Obtido em "http://pt.wikipedia